STF 'jamais se sujeitará' a 'nenhum tipo de ameaça', diz Toffoli; ministros falam em 'organizações criminosas' e 'bandidagem'
Grupo ofendeu integrantes da Corte e, em tom de ameaça, perguntou se ministros tinham 'entendido o recado'. Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso também criticaram os atos. "Organizações criminosas", "lamentável" e "bandidagem" foram os termos usados pelos ministros.
Na noite deste sábado (13), cerca de 30 apoiadores do presidente Jair Bolsonaro lançaram fogos de artifícios contra o prédio do Supremo. A ação durou ao menos cinco minutos. Os apoiadores de Bolsonaro ofenderam com xingamentos pesados os ministros da Corte, inclusive o presidente Dias Toffoli. Em tom de ameaça, perguntavam se os ministros tinham entendido o recado e mandaram que eles se preparassem.
A Procuradoria da República no Distrito Federal (PR/DF) vai investigar o protesto em que manifestantes lançaram fogos de artifício em direção ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de sábado. O órgão, que integra o Ministério Público Federal (MPF), determinou a abertura imediata de um inquérito policial, que será conduzido pela Polícia Federal (PF), e solicitou uma perícia no local para ver se houve danos ao edifício e também para obter provas. O episódio incomodou ministros da Corte.
Segundo a PR/DF, o caso é grave e pode ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional, nos crimes contra a honra, e até mesmo na Lei de Crimes Ambientais, uma vez que a sede do STF fica em área tombada como patrimônio histórico.
Fonte: O Globo