Na crise a solução se faz aos poucos
Imagem ilustrativa/Pixabay/domínio público

Opinião

Na crise a solução se faz aos poucos

Por Gilson Aguiar em 28/07/2020 - 14:30

Adoraríamos ter uma bola de cristal e uma lâmpada mágica de Aladdin para dar fim a todos os nossos problemas. Poderíamos prever o futuro e resolver os problemas de forma mágica. Tudo se resolveria sem esforço e estaríamos seguros de que a suavidade da vida é uma certeza. 

Agora, sem a bola e a lâmpada, entramos em desespero, ficamos angustiados, ansiosos e estressados. Radicalizamos em nossas conversas, ofendemos, não queremos entender nenhuma opinião contrária. Desejamos que tudo seja da forma que era antes. Nos negamos a aceitar. A revolta ou descrença domina muito de nossas opiniões. 

Como não temos soluções fáceis e toda a crise é um desconforto, vamos mudando sem perceber. Isso mesmo. Você pode resistir, considerar que as coisas deveriam voltar como eram antes, mas nada volta ao que era quando algo altera nossa vida. Não há volta ao mesmo lugar ou a condição que tínhamos. Mudança não se controla, ela se instala. 

O curso dos dias vai se alterando, jogados e vivendo dentro do curso das mudança vamos fazendo nossas escolhas. Muitos não aceitam isso, não querem enxergar. Se não aceitarem, vão tropeçar e cair de boca na realidade. É melhor encarar para evitar tombos e ferimentos. Aproveitar o momento e perceber que as nossas escolhas podem ser o começo da melhora. Contudo, lembre-se, nada vai se resolver de forma rápida. 

A vida segue. O fluxo das coisas permanecem e o cotidiano nos levará aos poucos a construir a tão esperada resposta. Ela não virá nem dá bola de cristal, será imprevisível, e muito menos será resultado de um lâmpada mágica, vai depender de cada ato e todo o peso das decisões que tomamos. 

A vida não é um conto de fadas é a construção diária da condição humana, contraditória e encantadora, mas não ilusória e fantasiosa. Operosa, suada, resultado do suor e do peso de agir. Do fortalecimento das nossas crenças ou de suas desilusões. Porém, da mudança ninguém escapa. 

 

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