"Moro terá o mandato cassado; cai pela sua própria arrogância, não está acima da lei", diz Chiorato

Ministério Público

"Moro terá o mandato cassado; cai pela sua própria arrogância, não está acima da lei", diz Chiorato

Por José Roberto Benjamin em 14/12/2023 - 23:10

Em entrevista à CBN Cascavel nesta quinta-feira (14) Arilson Chiorato, presidente estadual do PT, disse que o partido terá candidatura ao Senado, na eventualidade de uma eleição suplementar, para o lugar de Sérgio Moro, que poderá ter o mandato cassado. "Com certeza  vai ter cassação e novas eleições e, claro, o PT terá candidato, tem vários nomes, mas creio no nome de Gleisi Hoffmann, nome viável e forte", diz Chiorato.

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A Procuradoria Regional Eleitoral no Paraná pediu na noite desta quinta-feira (14) ao Tribunal Regional Eleitoral do estado o acolhimento parcial de uma ação contra o senador Sergio Moro, do União Brasil, sugerindo a cassação do mandato do ex-juiz por abuso de poder econômico na pré-campanha de 2022. O próximo passo será a divulgação do voto do relator do processo, Luciano Carrasco Falavinha Souza.

“A Procuradoria Regional Eleitoral no Paraná manifesta-se pelo julgamento de procedência parcial dos pedidos formulados nas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (…), a fim de que se reconheça a prática de abuso do poder econômico, com a consequente cassação da chapa eleita para o cargo majoritário de Senador da República e decretação da inelegibilidade“, diz a conclusão do parecer do MP

Segundo o presidente do PT no Paraná, Arilson Chiorato, o caso pode ir a julgamento na Corte no início de 2024. Em junho, o TRE-PR decidiu analisar em conjunto duas ações de investigação contra Moro. Uma delas protocolada pela federação PT/PV/PCdoB, outra pelo PL do Paraná. O PL projeta que a ação irá a julgamento no Tribunal Superior Eleitoral às vésperas das eleições municipais de 2024. Independentemente do resultado no TRE, a parte derrotada acionará o TSE para tentar reverter a decisão.

O senador Sergio Moro prestou depoimento sobre o caso na semana passada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Curitiba. Ele rebateu as denúncias feitas pelo PT e pelo PL. "Essas ações são um verdadeiro castelo de cartas. Elas começam falando levianamente que teria caixa 2, que teria um monte de ilicitude, mas nada disso foi comprovado, até porque nada disso existe. Todos os gastos que foram feitos, tanto no período anterior quanto na campanha, foram declarados", afirmou o senador.

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